04/01/2024 às 12h52min - Atualizada em 04/01/2024 às 12h52min

Caso de eutanásia de pit bull gera polêmica em Pouso Alegre (MG)

Segundo boletim de ocorrência, animal foi sacrificado por falta de espaço no centro e porque o cão representava riscos à população e à segurança pública.

A Prefeitura de Pouso Alegre (MG) vai apurar a morte de um cachorro da raça pit bull que teria sido sacrificado no Centro de Bem-Estar Animal da cidade. O cão foi levado ao centro animal após ser apreendido nas ruas da cidade. Segundo o boletim de ocorrência, a instituição disse que ele teria sido morto por não haver espaço no local e por causa do histórico de agressividade.
O caso veio à tona após denúncias nas redes sociais nesta quarta-feira (3). Diante da repercussão, a prefeitura divulgou o boletim de ocorrência da apreensão do cão nas redes sociais.
Segundo o BO, os bombeiros foram acionados pelo dono de uma loja para capturar um cão perigoso/agressivo que estaria na frente do estabelecimento comercial e teria avançado nele.
Quando os militares chegaram ao local, encontraram o cão deitado na frente do endereço da ocorrência. No momento em que os bombeiros se preparavam para capturar o cão, ele teria avançado em uma senhora que passeava com um cachorro de pequeno porte. Este ataque foi impedido por um bombeiro militar.
De acordo com o BO, o pit bull foi capturado com ajuda de um cambão e colocado dentro de uma gaiola específica. O dono da loja disse aos militares que o cachorro havia aparecido pela manhã e não tinha informação sobre o tutor do animal.
Os bombeiros levaram o pit bull para o Centro de Bem-Estar Animal. Segundo consta no BO, os funcionários informaram que o local estava com superlotação e não tinha onde deixar o cachorro.
Diante da superlotação e histórico de ataques do cão, segundo o boletim de ocorrência, o centro optou pela eutanásia do animal. A justificativa seria a ameaça que o cachorro representava à segurança pública e à população.

Repercussão nas redes sociais

O caso ganhou as redes sociais depois que ONGs de proteção animal e vereadores fizeram publicações questionando o método utilizado pela direção do Centro de Bem-Estar Animal.
De acordo com a postagem de uma destas ONGs, o pit bull estava andando pelas ruas de Pouso Alegre desde o dia 29 de dezembro e ninguém havia falado sobre a agressividade do animal.
Ainda segundo a postagem, a eutanásia foi feita em um animal sadio e que estava com medo e assustado.
“Sem dar a menor chance para esse animal que não tinha nada, só estava perdido, sem postar uma foto, sem tentar conseguir uma adoção que fosse, ou encontrar os donos, decidiram eutanásia-lo por estarem sem baia. Foi morto apenas por ser um Pit Bull”.

As investigações

A administração municipal informou que tomou conhecimento do ocorrido apenas nesta terça-feira (3) e disse que acionou o departamento jurídico da prefeitura para apurar o caso e as ações de todos os envolvidos.
Ainda de acordo com a prefeitura, a administração alega se preocupar com a segurança da comunidade e com o bem-estar dos animais e reforçou que todas as medidas legais serão tomadas para esclarecer os fatos.
A Polícia Civil informou que a denúncia de maus-tratos foi registrada manhã desta quinta-feira (4) e que está apurando os fatos.

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