Vice-prefeito preso em operação por corrupção deixa o presídio após sete meses em Itajubá, MG

Na quinta-feira, 19 de setembro, o ex-vice-prefeito de Itajubá (MG), Nilo Baracho, deixou a prisão após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder um habeas corpus. Nilo estava detido desde 20 de fevereiro deste ano, quando foi alvo de operações de combate à corrupção, conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
O ex-vice-prefeito é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de recursos do Hospital das Clínicas de Itajubá, além de superfaturamento na frota de veículos da administração municipal. Sua prisão ocorreu durante uma operação que resultou na detenção de outros envolvidos, incluindo dois sócios de uma oficina e um motorista que ainda permanece preso.
Após a cassação de seu mandato pela Câmara de Vereadores em 10 de maio, Nilo também foi exonerado do cargo de secretário de Saúde. O advogado de Baracho, Willys Vilas Boas Júnior, alegou que a prisão foi uma tentativa de obter provas ou confissões, mas, após sete meses de detenção, nada concreto foi apresentado.
As operações, nomeadas de Transfusão e Sepulcro Caiado, visavam desvios de recursos públicos e privados, além de superfaturamento de serviços. Durante as ações, 11 mandados de prisão foram expedidos, acompanhados de 25 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de dinheiro, joias, celulares e documentos.

A prefeitura de Itajubá se manifestou, afirmando sua disposição para colaborar com investigações e ressaltando o compromisso com a imparcialidade. O Hospital de Clínicas, por sua vez, expressou confiança na justiça e assegurou que as investigações não afetariam o atendimento da unidade.
As defesas dos outros administradores do hospital também se pronunciaram, indicando que os processos correm em segredo de Justiça e que todos os esclarecimentos serão feitos quando oportuno.
Com a liberdade de Nilo Baracho, o desdobramento do caso deve continuar a ser acompanhado de perto pelas autoridades locais.