Uma decisão judicial expedida nesta quinta-feira (23) determinou a perda do mandato e a suspensão dos direitos políticos do prefeito de
Bom Repouso, Edmilson Andrade (Republicanos). O processo é referente a uma desavença que aconteceu em 2012 entre o prefeito e um sargento da Polícia Militar que comandava o policiamento na época.
Em 2012, o Edmilson Andrade teria exigido a saída do militar da cidade. Segundo consta no processo, o prefeito teria exigido que o comandante local e outros policiais aliviassem as fiscalizações de trânsito. Em contrapartida, ele iria reformar o quartel da PM, assim como pedido pelo militar.
Edmilson também teria exigido a liberação de veículos retidos e a não-lavratura ou cancelamento de infrações de trânsito e multas. Ainda de acordo com o processo, o prefeito teria ameaçado romper o contrato com a PM e deixou de fazer a reforma pedida pelos militares.
Após deixar a cidade, o policial acionou o Ministério Público e acusou o prefeito de utilizar o cargo para se beneficiar. A ação iniciou-se em 2013.
Em 2017, Edmilson foi condenado a perda do mandato e suspensão dos direitos políticos por quatro anos, além de ter que pagar uma multa de 10 vezes o valor do salário recebido no cargo de prefeito.
Edmilson recorreu, mas somente nesta quinta-feira (23) a justiça determinou que a sentença de 2017 seja cumprida. A decisão foi assinada pela juíza Caroline Dias Lopes Bela.
Além de
perder o mandato e ter os direitos políticos suspensos, a juíza determinou que o prefeito pague o valor estipulado anteriormente no prazo de 15 dias sob multa de 10%.
A Câmara Municipal e a Justiça Eleitoral devem ser comunicadas da decisão para que tomem as providências. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Edmilson disse que “confia na Justiça e cumprirá todas as decisões”.
No processo, a defesa do prefeito nega que a polícia tenha pedido para reformar o quartel e também nega que Edmilson tenha interferido nas ações de fiscalização da PM. Para a
EPTV, afiliada Globo, o advogado informou que Edmilson permanece no cargo até a decisão da Câmara de Vereadores de Bom Repouso.