03/09/2024 às 12h29min - Atualizada em 03/09/2024 às 12h29min

Polícia Federal faz Operação Contra Fraude em Previdências Municipais em MG, SP e SC

Na manhã desta terça-feira, 3 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a terceira fase da Operação Encilhamento, voltada para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes contra institutos de previdência municipais. A operação levou ao cumprimento de mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Pouso Alegre, Jacutinga e Belo Horizonte (MG), Sete Lagoas (MG), Campinas e Hortolândia (SP), além de Florianópolis (SC).
Ação Contra Fraudes
De acordo com a Polícia Federal, os mandados visam reunir novas evidências sobre as ações do grupo criminoso, que oferecia vantagens indevidas a agentes públicos para que facilitassem e autorizassem aplicações fraudulentas em fundos de previdência. Empresas de consultoria envolvidas na fraude manipulavam dados, documentos e cálculos atuariais para perpetuar o esquema.
Esta é a terceira etapa da Operação Encilhamento, que começou a desvendar um esquema complexo de fraudes envolvendo o Instituto de Previdência de Pouso Alegre (IPREM) entre 2012 e 2018. As ordens judiciais foram emitidas contra diversos alvos e empresas que, supostamente, participaram desses crimes.
Crimes e Consequências
Os suspeitos enfrentam graves acusações, incluindo associação criminosa, gestão fraudulenta, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa. A operação revelou uma rede de corrupção e manipulação financeira que afetou significativamente os fundos de previdência municipal.
Histórico da Operação
Na primeira fase da Operação Encilhamento, ocorrida em São Paulo, foram identificados 28 institutos de previdência municipais que haviam investido em fundos fraudulentos. Esses fundos eram constituídos por títulos e debêntures sem lastro, emitidos por empresas de fachada.
A segunda fase da operação resultou na execução de nove mandados de busca e apreensão em Pouso Alegre e um em Rio Claro (SP). O esquema fraudulento causou um prejuízo estimado de R$ 98 milhões, segundo informações da Polícia Civil.
Detalhes das Investigações
O delegado Joaquim Mesquita afirmou que o dinheiro dos servidores públicos de Pouso Alegre, destinado ao IPREM, era investido em fundos fraudulentos. Uma empresa de Rio Claro, envolvida no esquema, era responsável por recolher o dinheiro do IPREM e encontrar fundos fraudulentos para aplicar os recursos. Esta empresa recebia comissões de 20% a 50% para operar o esquema.
Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares e documentos que podem fornecer mais informações sobre as atividades do grupo criminoso.
A Polícia Federal continua a investigação para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los pelos crimes cometidos. A operação é um passo significativo na luta contra a corrupção e a fraude no sistema de previdência municipal.

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